
Estudantes de Direito Desvendam os Bastidores do STJ em Programa Inspirador sobre Justiça e Equidade!
Na última quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu a visita de 20 estudantes negros e quilombolas que cursam direito em diversas regiões do Brasil. Essa iniciativa faz parte do programa Vivências SAJ: o Jurídico para Equidade e Diversidade, promovido pela Secretaria Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil. O objetivo é aumentar a representatividade da população negra e quilombola nas carreiras públicas do Sistema de Justiça.
Durante a visita, os estudantes puderam conhecer o funcionamento do tribunal e discutir o exercício das profissões jurídicas, além de entender a importância de políticas públicas que promovam a equidade. O presidente do STJ enfatizou a importância de enfrentar os desafios históricos que impedem afrodescendentes e outros grupos vulneráveis de acessar oportunidades. Para ele, a implementação de cotas é um progresso, mas é necessário ir além e oferecer condições que possibilitem a superação das desigualdades.
O magistrado destacou que, apesar das cotas, muitos afrodescendentes ainda enfrentam barreiras significativas, incluindo o acesso à educação e a concursos públicos. Ele argumentou que garantir igualdade de oportunidades é fundamental para que o Judiciário reflita a diversidade da população brasileira. Um Judiciário representativo é vital para a legitimidade da instituição em uma democracia.
O juiz auxiliar do STJ comentou sobre a importância da coragem e resiliência para os estudantes que desejam seguir carreiras jurídicas, ressaltando que os desafios enfrentados devem ser encarados com perseverança. Ele encorajou os alunos a não se deixarem intimidar e a lutarem por seus objetivos, afirmando que a coragem é essencial para que juízes defendam os interesses de seus clientes.
A coordenadora do Centro de Estudos Jurídicos da Presidência, que acompanhou a visita, destacou o valor simbólico da experiência, afirmando que é crucial que os estudantes se sintam parte do ambiente jurídico. Para ela, trazer essas vozes para dentro do STJ é uma forma de reforçar que esses espaços pertencem a todos, e não apenas a um grupo específico.
Um dos alunos, que possui origem em uma comunidade quilombola, expressou sua gratidão pela oportunidade e enfatizou como a experiência prática no STJ é significativa. Ela relatou que as distâncias geográficas e sociais muitas vezes afastam estudantes de oportunidades. Sua escolha pelo curso de direito foi impulsionada pelas dificuldades enfrentadas em sua comunidade, onde ela deseja atuar com assistência jurídica popular, promovendo a conscientização sobre direitos.
Experiências como essa são fundamentais para incentivar e preparar a nova geração de juristas, mostrando que, apesar das dificuldades, é possível trilhar um caminho de sucesso no Sistema de Justiça.