Goleiros: a Nova Regra do Adicional Noturno Que Pode Mudar Tudo!

Clube de Futebol Enfrenta Novos Desafios Financeiros Após Decisão do TST

Os clubes de futebol brasileiros têm enfrentado sérias dificuldades financeiras, com dívidas que giram em torno de bilhões de reais e são consideradas quase impossíveis de saldar. Recentemente, essa pressão financeira se intensificou devido a uma decisão importante do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Em uma decisão unânime, a Segunda Turma do TST concedeu ao goleiro Roberto Volpato o direito ao adicional noturno. A decisão se baseou na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que estabelece diretrizes claras para a remuneração de horas trabalhadas à noite. Vale destacar que a Lei Pelé, que regula os direitos trabalhistas dos atletas profissionais, não aborda especificamente esse aspecto da remuneração.

A reclamação de Volpato se refere ao período em que atuou pela Associação Atlética Ponte Preta, entre maio de 2012 e dezembro de 2014. De acordo com a CLT, o trabalho noturno é aquele realizado entre às 22 horas e às 5 horas do dia seguinte. Durante esse período, a remuneração deve ser aumentada em pelo menos 20% em relação à hora diurna, com a hora sendo considerada como 52 minutos e 30 segundos.

O pedido inicial de Volpato foi negado em primeira instância e pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, que alegou falta de previsão na Lei Pelé e as particularidades da atividade de jogador de futebol. No entanto, a relatora do recurso, a ministra Delaíde Miranda Arantes, argumentou que a ausência de referência à atividade noturna na lei especial não impede a aplicação das regras da CLT.

Esse precedente pode abrir espaço para outros atletas pleitearem direitos similares, ampliando as obrigações financeiras dos clubes em um cenário já complicado. A decisão do TST não apenas impacta Volpato, mas pode ter repercussões significativas para a maneira como os clubes gerenciam suas contas em um contexto financeiro desafiador.

Diante desse cenário, os clubes devem se preparar para novos custos que poderão surgir a partir dessa interpretação das leis trabalhistas. A luta financeira e as adaptações necessárias para cumprir a legislação poderão ser mais um fator a ser considerado na administração dos clubes.

A discussão sobre o trabalho noturno no futebol profissional continua a levantar questões importantes, não apenas para os atletas, mas também para as instituições que os empregam. O equilíbrio entre a remuneração justa e a sustentabilidade financeira dos clubes permanecerá como um tema central em futuras decisões e debates no mundo do esporte.

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