
Estudantes Mobilizam Protesto por Cantina Acessível na UFMG!
Estudantes da UFMG Ocupam Cantina para Protestar contra Falta de Alimentação
Recentemente, estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ocuparam a cantina do prédio CAD2, que, até então, não havia sido utilizada, em um protesto pela falta de opções de alimentação na instituição. Segundo dados de movimentos estudantis, apenas seis das 20 unidades acadêmicas no campus Pampulha oferecem lanches, deixando muitos alunos sem alternativas durante o dia.
A situação se agravou após a pandemia, quando muitas empresas não participaram do processo licitatório para operar nas cantinas, resultando na desativação de vários espaços. Além disso, vendedores ambulantes que costumavam atender os estudantes foram proibidos de comercializar seus produtos, intensificando a escassez de alimentos.
Como resposta a essa crise, o movimento estudantil Correnteza decidiu ocupar a cantina do CAD2, com o objetivo de reivindicar direitos básicos de alimentação. Durante a ocupação, um espaço foi transformado em uma "cantina popular", chamada Edson Luís, em homenagem a um estudante que lutou pelo direito à alimentação durante a ditadura militar. Os alunos envolvidos convenceram-se de que era possível administrar uma cantina de forma mais simples e acessível.
Os estudantes relataram que a fome é um problema sério e que a falta de cantinas tem impactos diretos na rotina acadêmica. "O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas nossos estudantes que estão produzindo ciência enfrentam dificuldades para se alimentar", disse um aluno envolvido no protesto.
Além de reivindicações, os estudantes também se organizaram para fornecer alimentos. O grupo é responsável por comprar e revender lanches, além de criar um espaço de convivência no prédio. Durante a ocupação, eles planejam permanecer no local até estabelecer um diálogo efetivo com a Reitoria.
A ausência de cantinas tem levado alunos a gastar muito tempo nas filas para conseguir comida, e muitos enfrentam longas distância entre os prédios. Muitos estudantes relataram que o fechamento das cantinas tem forçado escolhas difíceis entre se alimentar e assistir às aulas.
Diante desse cenário de crise alimentar, a UFMG informou que está buscando restabelecer as cantinas, após a rescisão de contratos com várias empresas em 2022. No entanto, atividades administrativas complexas e questões financeiras são frequentemente apontadas como barreiras pela administração das cantinas, dificultando a operação e a manutenção de preços acessíveis.
Estudantes sugerem que a universidade precise se posicionar e investir na criação de soluções sustentáveis para garantir que todos tenham acesso à alimentação durante os períodos de aula. Enquanto isso, outras medidas emergenciais estão sendo adotadas, como feiras e a organização de bandejões pelos alunos.
A situação atual reflete não apenas a realidade dentro do campus, mas um problema mais amplo que afeta a sociedade. A busca por diálogo e ações concretas continua, visando garantir que a alimentação não seja uma barreira para o aprendizado.