24ª Parada pela Diversidade do Ceará: Um Debate Inspirador Sobre o Direito de Envelhecer

A Parada pela Diversidade Sexual do Ceará celebra sua 24ª edição no próximo dia 29 de junho, na avenida Beira Mar, em Fortaleza. O evento, que promete reunir até um milhão de pessoas, tem como tema "Quem chora por nós? Visibilidade, orgulho e direito de envelhecer". Organizada pelo Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), a parada conta com as madrinhas Labelle Rainbow e Viviane Venâncio.

O tema escolhido destaca a importância da visibilidade e do cuidado com a população LGBTI+, especialmente em um contexto de crescente violência. Ele faz referência à ativista Thina Rodrigues, fundadora do movimento trans no Ceará, que faleceu em 2020 devido à pandemia de Covid-19. Thina usava a frase “Quem chora por nós?” para levantar questionamentos sobre quem se importa verdadeiramente com a comunidade LGBTI+.

Dary Bezerra, presidente do Grab, reforça que essa inquietação deve mobilizar não apenas os ativistas, mas toda a sociedade, uma vez que a luta contra a LGBTI+fobia é uma responsabilidade coletiva. É importante lembrar que o Brasil é, há anos, o país que mais registra assassinatos de pessoas LGBTI+, com muitos casos envolvendo pessoas trans, cuja expectativa de vida é alarmantemente baixa.

A Parada deste ano visa enfatizar três mensagens fundamentais: a defesa da visibilidade LGBTI+ diante de movimentos conservadores, o orgulho de ser quem se é e a reivindicação do direito de envelhecer com dignidade. Dary destaca que envelhecer com dignidade significa ter acesso a condições básicas de vida, como moradia, alimentação e aposentadoria.

Entre as atrações confirmadas, haverá oito trios elétricos com a presença de diversos artistas e coletivos. Um dos destaques será a jornalista Katiúzia Rios, que retorna como mestre de cerimônias e trará uma proposta que mistura manifestações políticas com atrações musicais até as 21 horas. Este ano, a Parada inova ao ter duas madrinhas, Labelle Rainbow e Viviane Venâncio, que têm trajetórias marcantes no movimento trans cearense.

Desde sua criação em 1999, o Grab tem sido a entidade organizadora da Parada, com o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de Fortaleza. O evento é gratuito e aberto ao público.